As roupas de carnaval podem fazer-nos lembrar lendas e personagens de ficção que embelezam o mundo da arte. Vestir a pele da raposa espanhola e libertar os oprimidos da repressão com uma espada em punho neste carnaval: por que não vestirmos a personalidade do Zorro?
A sagacidade e a rapidez de uma raposa ao serviço do bem e da libertação – ou vestir as roupas de carnaval do Zorro
Zorro é um fora da lei, sagaz e rápido como uma raposa à espanhola, que se veste de preto e que defende o povo da Califórnia contra os governos tirânicos e outros vilões, uma representação do bem pela cultura marginal que faz questão de humilhar o mal: delicioso.
Esta é uma história de ficção, que tão bem pode ser reproduzida em roupas de carnaval, que estreou em 1919 com a publicação em cinco partes em The Curse of Capistrano ou A Maldição de Capistrano. A tradição que viria a passar para as telas do cinema começou quando Douglas Fairbanks e Mary Pickford, durante a sua lua de mel, selecionaram a história como a imagem inaugural para o seu novo estúdio, o United Artists. Um ano mais tarde, a história terá sido adaptada para filme em The Mark of Zorro (1920): era o início do sucesso comercial.
Na Maldição de Capistrano Don Diego Vega torna-se o Señor Zorro no pueblo de Los Angeles, na Califórnia, "para vingar os indefesos, para punir os políticos cruéis" e "para ajudar os oprimidos" sempre em romance com Lolita Pulido, uma nobre que empobreceu que enche as medidas de Diego mas não as dela – ao contrário do Zorro que é o mesmo mas parece outro usando o que mais parecem roupas de carnaval.
Também o Sargento Pedro Gonzales, inimigo fiel de Zorro mas amigo de Diego faz parte do elenco – assim como Bernardo, o surdo e mudo servo de Zorro, o seu aliado Frei Felipe, o seu pai Don Alejandro Vega e um grupo de caballeros, que são arrastados para a sua missão de resgate da justiça.
Em variâncias na roupa que veste o Zorro é, antes de mais, uma metáfora à sagacidade e à justiça
Conhecemos o Zorro a usar, sempre em preto, uma capa ao vento, um sombrero cordobés preto de aba larga, e uma que cobre a parte superior da cabeça na altura dos olhos para cima: uma sedução. No entanto quando apareceu pela primeira vez, e será importante referir para a escolha da roupa de carnaval, usava uma manta em vez de uma capa e também uma máscara de pano preta cobrindo todo o rosto com breves aberturas para os olhos.
O que importa mesmo é recriar a personagem através dos traços gerais que a caracteriza, não podendo falta uma rapieira - uma espada comprida e estreita, popular desde o período Medieval até a Renascença, e que se viria a tornar frequente em Portugal, em Itália e na Espanha nos séculos XVI e XVII -, que usa para deixar a sua marca, em golpes rápidos como uma raposa, em forma de Z.
Acrescente-se aos adereços, nas roupas de carnaval , um chicote e uma pistola. Depois imaginemos um lindo cavalo e sejamos, simplesmente, heróis.
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