A magia faz parte do inconsciente colectivo desde sempre e acompanha-nos desde tenra idade. Quem cresceu sem acariciar as histórias das mil e uma noites não pertence à magia desse tempo. As mil e uma noites são contos cuja origem, um pouco ambígua, crê-se pertencer à Índia, Pérsia e ao mundo árabe. E o que seria de nós, adultos de hoje, sem os encantos e a magia do tapete voador que faz da arte mágica uma diversão?

Contos da mil e uma noites são uma referência do Médio Oriente nos truques de magia em forma de manuscritos

magiaOs contos que integram as mil e uma noites são de diversas origens e foram sendo acrescentados e suprimidos ao longo da história da obra. As mais antigas referências à obra não mencionam que contos compunham a colecção desconhecendo-se, por isso, quais foram as primeiras versões das histórias - uma vez que os manuscritos com contos que chegaram até aos nossos dias datam do século quinze.

Trata-se de uma obra clássica estruturada com histórias em cadeia: cada conto termina com uma deixa que o liga ao seguinte, o que leva todo aquele que é curioso a querer sempre continuar a história, interrompida com a magia sempre no ar. E daí talvez a escolha bem sugestiva de mil e uma - se fosse mil era estanque e sem margem para a ideia de continuidade...

Schahriar, rei da Pérsia, terá sido vítima da infidelidade da sua mulher. Então mandou matá-la e resolveu passar cada noite com uma mulher diferente que mandava degolar na manhã seguinte. Uma mulher especial, Sherazade, começou um conto que despertou o interesse do rei em ouvir-lhe a continuação sempre na noite seguinte. Sherazade, em talento puro no ligar dos seus contos, conseguiu encantar o rei por mil e uma noites. E foi poupada da morte.

Este parágrafo merece, por ter magia, um sorriso. Porque o importante mesmo a reter está nesta metáfora traduzida por Sherazade: a liberdade conquista-se pelo exercício da criatividade.

Tapete voador pode mesmo ser real - a revelação de um estudo da Universidade de Harvard

Apesar de ter já alguns anos, um estudo da Universidade de Harvard revela que, pelo menos em teoria, um tapete voador - tal como na lenda - pode levantar-se do chão e voar por uma curta distância: tal e qual a magia dos tapetes voadores das histórias de mil e uma noites.

Trata-se de um artigo publicado na revista científica "Physical Review of Letters" que refere os resultados da pesquisa: uma folha de papel do tamanho de uma nota em dinheiro pode manter-se a flutuar no ar se estiver em movimento de vibração ondulatória durante cerca de 10 vezes por segundo.

Este estudo, sem qualquer magia, compara este princípio ao mesmo que rege o movimento sobre as águas de animais marinhos que conseguem manter-se sobre a água por alguns segundos - podendo mesmo ser aplicado a um tapete. Este tapete voador, sem a magia encantadora e só com a realidade exuberante, não pode, no entanto, transportar pessoas devido ao impacto das vibrações.

E ainda bem: o tapete voador é possível na realidade mas as leis do equilíbrio sugerem que só a magia lhe traz o encanto necessário para voar. 

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